O Laboratório de Pesquisa em Antropologia Forense (FARF), localizado em uma área externa de 26 acres no Texas, é um dos mais importantes centros de estudo da decomposição humana. Fundado pela Universidade Estadual do Texas e liderado pela Dra. Michelle Hamilton, o local conta com cerca de 50 corpos humanos doados. Alguns desses corpos são mantidos em gaiolas, o que pode causar estranheza, mas a finalidade é puramente científica. Esses corpos são estudados para entender o processo de decomposição, tanto em condições de exposição total quanto protegidos por gaiolas, onde são observados os efeitos bacterianos.
A instalação serve como uma referência internacional para a ciência forense, sendo um recurso valioso não apenas para estudantes e oficiais da lei, mas também para pesquisadores de todo o mundo. O objetivo é compreender detalhadamente o que acontece com o corpo humano após a morte, incluindo os efeitos de fatores ambientais, como temperatura e a ação de predadores. Desde sua criação em 2008, o FARF já estudou mais de 150 corpos, e os resultados dessa pesquisa têm aplicações práticas, como na identificação de corpos em condições extremas, como desidratação ou insolação.
A doação de corpos é feita de forma voluntária, seja pelo falecido em vida ou pelos familiares, proporcionando uma alternativa aos custos funerários tradicionais e contribuindo significativamente para a ciência. Sob a direção de Daniel Wescott, o laboratório tem explorado aspectos do processo de decomposição que ainda são pouco compreendidos. O trabalho realizado no FARF não apenas amplia o conhecimento científico, mas também auxilia em investigações criminais e no entendimento da morte em condições naturais.
Essa pesquisa é essencial para o desenvolvimento de técnicas mais avançadas e precisas em investigações forenses, além de contribuir para o campo da antropologia ao explorar como o ambiente e os microrganismos afetam o corpo humano após a morte. As contribuições do FARF são um exemplo claro de como a ciência pode ser usada para melhorar a sociedade, trazendo novos entendimentos sobre a vida e a morte.