Em um caso intrigante de identidade falsa, Shelby Hewitt, uma mulher de 33 anos de Massachusetts, conseguiu se passar por estudante do ensino médio em três escolas diferentes ao longo de um ano. Utilizando identidades fictícias e documentos forjados, Hewitt frequentou as escolas Jeremiah E. Burke, Brighton e English High School, todas localizadas em Boston.
Para sustentar sua farsa, Hewitt criou a personagem “Daniella”, uma adolescente de 13 anos supostamente vítima de tráfico humano e com dificuldades de alfabetização. Ela chegou a usar aparelho ortodôntico e integrou o time de basquete escolar para tornar seu disfarce mais convincente. Paralelamente, mantinha sua vida adulta, socializando com amigos e trabalhando como assistente social no Departamento de Crianças e Famílias de Massachusetts.
A motivação por trás desse elaborado esquema parece estar relacionada a uma consulta com uma vidente, que teria aconselhado Hewitt a revisitar sua infância para lidar com traumas passados. Seu advogado, Timothy Flaherty, revelou que ela foi diagnosticada com transtorno dissociativo de identidade, condição que pode ter influenciado suas ações.
As autoridades descobriram a fraude após notarem inconsistências nos documentos apresentados por Hewitt. Ela enfrenta múltiplas acusações criminais, incluindo falsificação, uso de documentos falsos, fraude de identidade e declarações falsas ao empregador. Hewitt declarou-se inocente de todas as acusações, e seu julgamento está previsto para o final de 2024.
Este caso levanta questões sobre a segurança nos processos de admissão escolar e destaca a importância de uma avaliação criteriosa de documentos e identidades para prevenir fraudes semelhantes no futuro.