Os lagos no oeste dos Estados Unidos, como o Pyramid Lake em Nevada e o Clear Lake na Califórnia, tornaram-se cenários de um fenômeno natural impressionante e, ao mesmo tempo, alarmante. Observados a partir do espaço, esses corpos d’água adquiriram uma coloração verde intensa devido ao aumento de cianobactérias, em especial a Nodularia spumigena. Essa bactéria prospera em águas quentes e salobras, proliferando em níveis tão altos que o fenômeno é visível por satélites da NASA. A Tribo Pyramid Lake Paiute, que supervisiona a qualidade da água, alerta sobre os riscos desse florescimento tóxico para visitantes e animais.
Essa mudança na coloração dos lagos é causada pela decomposição das cianobactérias, que libera toxinas, como a microcistina. Embora o fenômeno seja cíclico, sua intensidade tem aumentado, afetando diretamente a segurança de quem vive ou visita essas regiões. O contato com as toxinas pode causar reações graves, desde problemas digestivos a erupções cutâneas e sintomas neurológicos. Aaron Bill, responsável pela qualidade da água do Pyramid Lake, destaca a necessidade de conscientização para garantir que as pessoas e animais de estimação evitem o contato direto com as águas afetadas.
Esse ciclo anual de algas tóxicas costuma ocorrer entre setembro e outubro, com níveis variáveis. Contudo, nos últimos anos, a intensidade desse florescimento tem levantado preocupações sobre as causas naturais ou fatores humanos indiretos que possam intensificá-lo. Apesar da aparência quase surreal dos lagos, o fenômeno é resultado de processos naturais e não de contaminação industrial.