Em uma expedição recente nas Ilhas Salomão, cientistas do projeto Pristine Seas da National Geographic fizeram uma descoberta impressionante: a maior colônia de coral já registrada. Localizada a aproximadamente 12 metros de profundidade, essa colossal estrutura de Pavona clavus mede cerca de 34 metros de largura por 32 metros de comprimento, dimensões que a tornam visível até mesmo do espaço.
A descoberta ocorreu quando Manu San Félix e seu filho, Íñigo, mergulhavam na região. Inicialmente, acreditaram ter encontrado os destroços de um naufrágio devido ao tamanho e à forma da estrutura. No entanto, ao se aproximarem, perceberam que se tratava de uma colônia de coral viva, composta por milhões de pólipos interconectados. “À primeira vista, pensamos que estávamos olhando para um naufrágio”, explicou San Félix. “O tamanho disso era impressionante.”
Estima-se que essa colônia tenha aproximadamente 300 anos, o que significa que começou a se formar no início do século XVIII. Sua longevidade e tamanho são testemunhos da resiliência dos corais, especialmente considerando os desafios ambientais enfrentados ao longo dos séculos, como o aumento das temperaturas oceânicas e a acidificação dos oceanos.
A localização específica dessa colônia desempenhou um papel crucial em sua preservação. Situada em águas mais profundas e frias, e protegida por uma plataforma próxima, a colônia conseguiu evitar muitos dos estressores que afetam os recifes de coral em áreas mais rasas. Além disso, as práticas de gestão marinha das comunidades locais das Ilhas Salomão, que mantêm a posse de suas águas, proporcionaram um nível adicional de proteção.
A descoberta dessa colônia gigante oferece esperança para a conservação dos recifes de coral globalmente. Ela demonstra que, quando protegidos e situados em condições ambientais favoráveis, os corais podem prosperar e alcançar tamanhos impressionantes. No entanto, também serve como um lembrete da importância de esforços contínuos de conservação para garantir que essas maravilhas naturais sejam preservadas para as futuras gerações.
