Em novembro de 2012, José Salvador Alvarenga, um pescador de 36 anos, partiu para uma pesca comum na costa do México. Essa viagem, no entanto, rapidamente se transformou em uma saga de sobrevivência que duraria 438 dias. Alvarenga, junto com o companheiro Ezequiel Córdoba, enfrentou tempestades e a avaria de seus equipamentos, ficando à deriva no Oceano Pacífico.
Com poucos recursos, a dupla se viu obrigada a improvisar. Eles dependiam de água da chuva e se alimentavam de peixes, pássaros e tartarugas capturados à mão. A situação se complicou quando Córdoba, incapaz de suportar a dieta e as condições extremas, faleceu após quatro meses. Alvarenga enfrentou, então, a solidão e o luto, desafiando a si mesmo a sobreviver, mesmo com a tentação do suicídio.
Ao longo de mais de um ano, ele se agarrou à vida, sustentado pela esperança e improvisando técnicas de sobrevivência. Após percorrer 10.780 quilômetros à deriva, ele foi encontrado no Atol de Ebon, nas Ilhas Marshall. A jornada de Alvarenga inspirou pessoas em todo o mundo, tornando-se um símbolo de resistência.
Contudo, a vida após o resgate não foi simples. Alvarenga enfrentou traumas, dificuldades de adaptação e um processo judicial movido pela família de Córdoba, que acusava o pescador de canibalismo, embora a acusação não fosse comprovada. Sua história foi contada em livros e se tornou um marco de sobrevivência e força de vontade.
